E foi assim, numa noite de quinta-feira, com céu limpo e estrelado, que tudo terminou.
Durante uns 20 minutos eu fiquei estranha. Não me peça para descrever, eu não conseguiria. Foi algo inédito e incômodo. Após entregar o último trabalho da faculdade, uma pergunta inconveniente sussurou no meu ouvido: e agora?
Pois é...e agora? Um misto de euforia e desamparo me abateu. Finalmente, mais um ciclo da minha vida encerrado. Projetos novos, pessoas novas, encontros novos. Tudo novo de novo, me aproveitando do verso de Moska. Mas...o que fazer sem meus amigos por perto? Onde encontrar pessoas para sentar e comer um salgado na cantina enquanto se discute a dialética na filosofia moderna? Em que corredores sentar-se despretenciosamente e passar horas rindo e falando banalidades?
Devo confessar que, reproduzindo os gestos dos boêmios de outrora, abracei-me ao meu rancor para diluí-lo em alguns copos de cerveja. Insólita fonte de prazer para quem vê a lucidez e o racionalismo como anti-depressivos mais eficazes. Mas João Antonio, de certo, não escreveria um conto sobre nós. Não cabemos na literatura, não somos enredo para um romance. Somos memória e saudade. Nada mais.
E é justamente esse passado saudoso que nos move na busca de um futuro melhor. Precisamos dele como parâmetro para nossa felicidade. Por isso, nada de lágrimas, dores, lamentos. Vamos em frente. Colocar projetos em prática; encontrar pessoas que estão por aí, nos esperando num lugar chamado destino; vamos realizar, acontecer, viver! Tudo pode dar certo, algo pode fracassar. Mas sigamos. É preciso contrariar Balzac e acreditar que, jamais, as ilusões serão perdidas.
Desejo, com toda a sinceridade que me é possível, o sucesso na sua maior dimensão à todos nós. Em algum lugar, lá, no futuro, a gente se encontra.
Mas agora, por favor garçon. Mais uma cerveja.
Durante uns 20 minutos eu fiquei estranha. Não me peça para descrever, eu não conseguiria. Foi algo inédito e incômodo. Após entregar o último trabalho da faculdade, uma pergunta inconveniente sussurou no meu ouvido: e agora?
Pois é...e agora? Um misto de euforia e desamparo me abateu. Finalmente, mais um ciclo da minha vida encerrado. Projetos novos, pessoas novas, encontros novos. Tudo novo de novo, me aproveitando do verso de Moska. Mas...o que fazer sem meus amigos por perto? Onde encontrar pessoas para sentar e comer um salgado na cantina enquanto se discute a dialética na filosofia moderna? Em que corredores sentar-se despretenciosamente e passar horas rindo e falando banalidades?
Devo confessar que, reproduzindo os gestos dos boêmios de outrora, abracei-me ao meu rancor para diluí-lo em alguns copos de cerveja. Insólita fonte de prazer para quem vê a lucidez e o racionalismo como anti-depressivos mais eficazes. Mas João Antonio, de certo, não escreveria um conto sobre nós. Não cabemos na literatura, não somos enredo para um romance. Somos memória e saudade. Nada mais.
E é justamente esse passado saudoso que nos move na busca de um futuro melhor. Precisamos dele como parâmetro para nossa felicidade. Por isso, nada de lágrimas, dores, lamentos. Vamos em frente. Colocar projetos em prática; encontrar pessoas que estão por aí, nos esperando num lugar chamado destino; vamos realizar, acontecer, viver! Tudo pode dar certo, algo pode fracassar. Mas sigamos. É preciso contrariar Balzac e acreditar que, jamais, as ilusões serão perdidas.
Desejo, com toda a sinceridade que me é possível, o sucesso na sua maior dimensão à todos nós. Em algum lugar, lá, no futuro, a gente se encontra.
Mas agora, por favor garçon. Mais uma cerveja.